Desculpem-me se hoje escrevo
isso, mas creio que a visão da Mãe em nossa sociedade como de amor
incondicional, puro e natural ou instintivo é algo idealizado.
Essa crença tem consequência
na vida de muitos que foram gerados por mulheres que não são isso.
Esses filhos
sofrem por não encontrar nestas mães algo que a sociedade coloca como natural e
fundamental. Se culpam por não serem amados, consideram que fizeram algo de
errado para não obterem esse amor.
São a estes filhos que hoje
me dirijo.
O amor é construído. Não é
algo natural ou instintivo. O amor materno não é diferente disso.
Há muitas pessoas que fazem
na vida de cada um, o papel de Mãe que a sociedade colocou na mãe biológica. Ele
pode ser exercido por alguém da família, alguém que teve um papel importante na
sua vida, de cuidar, de proteger, de se doar, de ensinar; mesmo sendo um homem.
Nesse dia que se comemora o
dias das Mães, a vocês filhos que não tiveram essa mãe “ idealizada”, lembrem
dessas pessoas que passaram em suas vidas lhe cuidando e que tem a capacidade
de amar.
Lembrem que amor é aprendizado e
que não ter sido amado por suas mãe biológicas, não é por qualquer coisa que
vocês tenham feito.
E aqueles homens e mulheres
que podem entender isso que hoje digo, peço que lembrem de pessoas como essas
que trago aqui e possam convidá-las a repartir um pouco do seu amor.
Eu reparto o meu com vocês.