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terça-feira, julho 31, 2012

ONDE ACABA O AMOR TÊM INÍCIO O PODER, A VIOLÊNCIA E O TERROR ( Jung)



Temores e medos fazem parte do humano. Todos em todas épocas e culturas temeram ou temem algo.
Situações novas ou inesperadas podem transmitir sentimentos de insegurança ou serem sentidas como um “ perigo” .
Diante de um perigo, mesmo com medo, a pessoa luta e o enfrenta, ou  foge... de uma forma concreta ou subjetiva.
Mas algumas situações de “perigo” causam um terror que paralisa, deixando a pessoa a mercê da situação. A pessoa é dominada pelo pânico que passa a tomar conta da consciência.
O medo tem sido cada vez mais estimulado em nossa sociedade. Ele ocupa diariamente os noticiários, livros, revistas... uma “cultura do medo” que vai afetando as pessoas, evidenciando  dificuldades de indivíduos que não conseguem responder as transformações sociais e problemas que surgem na sociedade e em seu cotidiano.
Mas estamos realmente vivendo em tempos extremamente perigosos?
Há todo o momento são divulgados fenômenos da natureza, como terremotos, furacões, vendavais, tsunamis que ocorrem no mundo. Se não bastasse isso há também  profecias sendo divulgadas, aonde se vincula fenômenos que ocorrem com a possibilidade da extinção da humanidade, de uma área geográfica. Somados a isso, as guerras que acontecem em alguns países, acontecimentos de violências cotidianas, epidemias e novas doenças são divulgados em manchetes sensacionalistas.  Alarmistas são personagens desta cultura.
Quando a Humanidade não teve guerras aonde multidões morreram? Quando não houve pestes e doenças que dizimaram milhões?
Quem se beneficia com a propagação dessa “ cultura do medo”? Quem se beneficia com essa sensação de insegurança permanente nos cidadãos?
Estudiosos vêm demonstrando que é a nossa percepção do perigo que tem aumentado, e não o nível real de risco.
Há todo um mercado em relação a essa “ cultura”: drogas/remédios, grades, seguranças, câmeras, seguros....para controle social e quiçá individual. Há indústrias que lucram com o medo coletivo, exageram a ocorrência de doenças, manipulam informações sobre fatos sociais e fenômenos naturais que ocorrem. A propagação de falsos profetas, a entrada em cena de alarmistas e a veiculação do terror são um mecanismo de controle social que faz parte da “ cultura do medo”.
O medo tem sido cultuado e com isso se mascara situações reais como o desemprego, a falta de condições de vida digna de boa parte da população, o acesso a saúde e a educação que trazem insegurança ao viver cotidiano.
O medo cultuado se transforma em PARALISIA, impedindo transformações sociais tão necessárias... 
Há realmente um incremento da violência no cotidiano ou mudamos nossa percepção dela?
Houve  períodos da história da humanidade onde escravizar alguém e torturar era visto como algo ... natural...apedrejar impuros, colocar hereges nas fogueiras....extirpar parte do corpo ligado a sexualidade, dar eletrochoque nos ditos " loucos".....
Até há bem pouco tempo, homem bater em mulher era visto como ... normal e ninguém se metia. Surrar filhos, fazer chacota sobre a cor do outro, sobre a orientação sexual, também.
A cada momento histórico o ser humano lida com a violência de uma forma e a justifica através de preceitos morais, religiosos, políticos, científicos.
Hoje  entendemos que há várias formas de violência: psicológica, física, etc.

Acredito que a violência é irmã do preconceito, do desrespeito, da intolerância e uma forma de PODER, para se tentar de alguma forma subjugar o outro, mostrar-se superior, uma demonstração de insegurança também... alguém que precisa subjugar o outro ou anulá-lo de alguma forma... é por que o teme.

Vivemos num tempo histórico onde a COMPETIÇÃO está sendo estimulada como algo natural, no lugar de uma convivência mais fraterna e solidária.
Vivemos num tempo histórico onde a INDIVIDUALIDADE é estimulada, como uma separação do “ outro” que é diferente de nós, que em muitos momentos é visto como um PERIGO, no lugar de nos vermos com iguais. Sentimentos de ódio, rancor, vingança e dor, são consequência da cultura do medo, do individualismo e da competição.

O estímulo a cultura do medo, produz a desconfiança em relação “ ao outro”, separando e isolando as pessoas, numa busca desesperada por maior segurança, pessoal, física, de ser melhor, ganhar mais, ter mais...e manter tudo imutável. Temos medo de morrer, medo de adoecer, medo de ficarmos velhos, medo de não sermos amados, medo de promover mudanças na vida.
Pelo medo do desconhecido, se prefere o que se tem, mesmo sendo infeliz. Pelo medo de desafios e do novo, se fica do mesmo jeito, mesmo sendo infeliz.
Pelo medo de se perder o que se tem e começar tudo outra vez, se fica no mesmo lugar, mesmo infeliz.
A imobilidade gerada pelo medo é a responsável pelas crises que se observa em todas as áreas e em todo o mundo.

O medo torna as pessoas obedientes também, incapazes de atuar diante de relações desiguais. O medo priva as pessoas de desenvolverem suas potencialidades e de viverem em liberdade.  Desconhecemos como fazer uso da liberdade. Acabar com a cultura do medo é dar a todos os seres humanos a mesma condição de igualdade ou de liberdade, onde uma pessoa não é mais importante do que a outra.
Precisamos de uma nova forma de viver, que tenha como princípio o RESPEITO,  respeito a tudo o que é vivo e responsabilidade cotidiana em cada ato. Fazer de cada ato, uma mensagem de Amor. 
Tania Jandira R. Ferreira/julho 2012

segunda-feira, julho 02, 2012

SAÚDE MENTAL

Olá pessoal, compartilhar pensamentos de pessoas que falam de forma simples, questões complexas, tem sido uma necessidade minha por aqui; então trago agora Rubens Alves falando de saúde mental.